COMBUSTÃO-Combustion

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Van Gogh – Reprodução de Garip Any.  As imagens postadas neste poema foram pensadas e selecionadas pelo  Artista e Educador Marcos Medeiros Dantas. Obrigada Marcos!         

Água no livro é borra,  desbota,  apaga

Água de rio é  engano… Súplica, morada.

Ninguém é dono de nada,

Nem dos livros, nem das águas!

Água de beber refresca, transforma e  vigora

Água de vaso hospeda…Protege, isola.

Ninguém vigora  só com água,

Vigora com luta, vigora com alma!

Água na terra é lama,  infiltra,  aflora…

Água de bueiro é imunda…Vingada, retorna.

Ninguém  nasce da  lama,  adulto  não vira bueiro,

Somos  água brotadas  das minas, terra… Delicados canteiros!

Água de corpo é  vertente,  circula e  escoa.

Água de chuva  não molha…Encolhe,  ecoa.

Ninguém tem controle da chuva.

Ninguém doma ave que voa!

Água de panela é  contida…Esquenta, dissipa

Água  de banho consome, espuma e limpa,

Em  panelas  que brilham não existem  grãos vazios,

Tão pouco  vozes caladas  ou rios  precários em combustão.

 

 

Site das obras:

*Samantha French http://www.samanthafrench.com/shop2/

*Garip Anyhttp://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2016/06/artista-pinta-quadros-de-van-gogh-na-agua.html


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