GRAVIDADE * Gravity

PELE

Chegará o tempo de dizer não…

De decidirmos o próprio estilo.

De não aceitarmos os supérfluos do destino!

 

É mentira que a existência se torna árdua e fria.

Pesada é a solidão programada, sem folia.

Fatigante é um sofá vazio, sem companhia…

 

Entrelaçaremos a vida em  finos cordões,

Numa simplicidade cara e tosca.

O que for rio,   será gota nos cantos da boca.

 

Acabaremos estampados em muitos tecidos…

Seremos galhas abraçadas nos troncos, fortalecidos!

Menos alongados, e como ostras, mais quebradiços.

 

Descobriremos que um dia  é tudo que temos.

Que palavras não ditas,  apontam os lugares que cabemos.

E a barriga é o detalhe de uma briga que perdemos.

 

Os discursos serão breves  e as lágrimas reticências ácidas,

Pintos e peitos  desprenderão dos suportes,

Hahahahaha! A gravidade não ajuda,  mas é democrática!

 

ANA TEIXEIRA – março, 2018

LEIA TAMBÉM: “PELE”https://anadelourdes.wordpress.com/2016/08/16/pele/


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