Filhos,
Ingeriram tudo que eu tinha,
Meus lenços, meu tempo, meus tesouros.
Trocaram esse tudo pelas substâncias que faltavam.
Filhos,
Movimentaram meu calendário passivo.
Alcançaram o meu caleidoscópio.
Agora leio a vida salpicada de tinturas.
Filhos,
Ignoraram meus abatimentos,
Destaparam os vultos que pesavam meus olhos.
Nunca mais adormeci como antes.
Confusa entre felicidades e pesadelos,
Cerquei com muros o meu amor intérmino.
Provocada pela vida,
Colei em cada um, asas rijas, grandes e duradouras.
Asas de pássaros famintos,
Curiosos pelos enigmas dos mundos.
Pássaros! Desajeitados, que precisam de pouso.
Pássaros! Seguidores do sol, porque aprenderam a voar.
Ana Teixeira – Maio, 2018
LEIA TAMBÉM: Mãe, que duvida deste amor?
Estavas voando…? Como mãe ou como filha? Ou tentastes dormir como antes? Seus poemas são assim questionadores…fraterno abraço.
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Ahhhh Estevam sua presença sempre me alegra muito. Seus comentários me fazem voar! Um abraço!
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kkkk…. voar, nem que seja, pela imaginação é sempre saudável…
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Ana, é tão gostoso ler você. A gente sente a doçura da sua pessoa em tudo que você escreve.
Você é Ana Teixeira para os leitores mais cerimoniosos, mas eu tomo a liberdade de chamá-la Aninha, não pelo seu suposto tamanho, mas por sua permanente doçura .
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Muito obrigada pelas palavras Manuel!
Você deixou meu coração em festa.
Um grande abraço!
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Muito bom! Amei o texto! Vem conhecer nosso blog, tenho certeza que vai adorar!
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Bom demais, bom demais
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Obrigada! 😘
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