Perdão por me sentar à mesa evitando tocar seu cotovelo, negando desenhar no rosto um sorriso que não nos custaria nada.
Perdão por negligenciar meu corpo e rezar pedindo saúde, como se Ele não olhasse por mim.
Perdão por repelir os bichos e não ter a bravura de amar como eles.
Perdão por esquecer a toalha sobre a cama, o copo sobre a pia e o meu filho em qualquer lugar, pensando ser tudo a mesma coisa.
Perdão por acreditar nos jornais, mesmo esbarrando nas atrocidades que os meus sentidos repudiam.
Perdão por ignorar os sírios, que retiram seus irmãos dos destroços, sem saber onde sepultá-los.
Perdão pelos governos, que transformam escolas e hospitais em depósitos de guerreiros desiludidos.
Perdão por trocar meu voto pelas mesmas promessas, permitindo que cidades maravilhosas tenham seus orçamentos roubados por ladrões treinados em fazer da urna um fuzil.
Perdão por cair em tantas tentações, e não querer me livrar do mal. Amém.
Ana Teixeira – março, 2018
Há profundidade reflexiva nesse poema, Ana!
Parabéns!
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Obrigada!
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Uma ‘oração’ profunda e urgente..quiçá, todos possam rezá-la…
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Sim, urgente! Precisamos tomar outros rumos.
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Sempre linda!
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Obrigada Ivana!
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Parabéns Ana muito bom.
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Parabéns Ana.
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Olá, Ana!
Maravilha, adorei!
Parabéns!
Abs
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Obrigada Rita!
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Perdão, por estar fisicamente distante…E não desfrutar deste ser que és tu!
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Linda Borboleta…
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Parabéns!
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Obrigada!
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poema maravilhoso
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Obrigada!!!! 😘
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