Não desista mesmo que o sereno insista. Não guarde exclamações, diante de pontos finais. Aposte na ventania. Aproxime-se de outros perfumes.
Olhe para a fresta que reluz, ela pode ser trilha, então siga as pegadas! Se a luz fosse inteira, seria sol, e ninguém precisa de um sol completo para sentir calor…
Não permita que as palavras malditas façam efeitos. Está nas suas mãos o corpo dolorido que empurra, contra esse porão obscuro e pesado.
Não deixe que o último fio de esperança sangre sua força até o limite, pois ele perderá a cor, os direitos e a vontade de enfrentar.
Se a taça quebrou e o vinho está pela metade, desculpas não desculpam mais. Sentir muito é muito tarde, mas mudar a rota pode fazer parte dos seus planos.
As lembranças azuis, agora estão pálidas, desdenhadas, fora da embalagem… Tem amor que não reacende. Tem sorte que não se espera, e os hematomas da alma não têm cura sem bandagens. Saberá virar a página para chegar ao capítulo seguinte! Lembre-se da fresta, da trilha…
O vilão impune ronda, porque acredita na covardia e na falsa dominação, que habilmente confunde gerações e ventres que seriam livres. Infelizmente, eles sempre existirão disfarçados em peles e carregando adereços.
Aprenda a não te abandonar.
Acostume-se a te querer bem…
Habitue-se a te fazer feliz…
Denuncie!
Ana Teixeira – março, 2018
Título sugerido por Anselma Nascimento
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Ei Ana Muito Bacana Seu Blog Gostei !
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Quanto profetismo neste texto…um anúncio para a denúncia…exclamações existenciais e reais…
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Habitue-se a ser poesia!
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Desejo-lhe sucesso, Ana Teixeira!
Que a sutileza das suas palavras possam afagar e nortear corações desacreditados!.
Abraços!
Marlucia.
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Maravilhoso texto, Ana!
Quanta verdade!
É pena que até chegarmos às bandagens para os hematomas da alma, muita coisa se perde, muita gente se perde e essas perdas deixam cicatrizes profundas que sono tempo e autoestima amenizam.beijos
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Sempre muita inspiração em tudo que você escreve AnaLou! Maravilhosa poesia.
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