Não sei exatamente para que servem as árvores de Natal, mas me encanta a estrela que elas têm na ponta, porque me aproxima do céu e dá a sensação de estar protegida para sempre.
As músicas de Natal parecem sempre as mesmas. Mas não se engane, sei todas de cor e canto junto todas as vezes que as ouço, para ter certeza do bem que me fazem.
E os sinos? Batem tantas vezes, que nem me interesso mais. Eles são como os corações, repetem insistentemente o mesmo movimento… Esquecemos até que estão dentro da gente.
Não poderia esquecer as guirlandas penduradas na porta, e estremeço só em pensar, que alguém poderia roubá-las de mim e levar o meu natal embora.
Luzes, luzes e mais luzes. Por que tantas? Talvez para eu saber, que se a energia do mundo acabar é a luz do meu coração, que vai continuar piscando… Acendendo e apagando tantas e quantas vezes a vida pedir…
Não acredito mais em Papai Noel de barbas longas e sacos de presentes, porque parece feio adulto acreditar em histórias e fantasias infantis, mas eu acredito em “anjos vestidos de gente”…
Anjos que têm cor e cheiro, que respiram, transpiram e choram. Que compartilham a fome, a dor e o frio.
Anjos que têm medos, saudades, desejos e nomes, e podem ser qualquer um de nós, quem sabe eu ou você…
Ana Teixeira